Eu e Luiza estudávamos no mesmo colégio. Eu estava descobrindo o maravilhoso universo da teologia, e apaixonado por minhas leituras. Ela estava descobrindo o universo paralelo das experiências, e também curtia muito aquele momento.
Até que um dia nos encontramos no intervalo. Ela viu o livro verde em minhas mãos. Pegou, meio curiosa. A palavra “doutrina” na capa do livro era extremamente evidente. Mais do que ela podia suportar. E assim ela me devolveu a obra, soltando a pérola: “não gosto muito de ler essas coisas de doutrina”. Minha resposta? Não lembro se fiquei entre aqueles ruídos que a gente faz quando não sabe o que falar: “eh…”; ou se apenas fiquei calado.
O ponto interessante é que, ao rejeitar a leitura doutrinária, ela estava seguindo uma doutrina. Ao deixar de lado o estudo consciente da teologia – mesmo a partir da Bíblia -, ela revelou a concepção comum em muitos círculos.
Posted on julho 31, 2009
0