47 anos sem C. S. Lewis

Posted on novembro 22, 2010

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No dia 22 de Novembro de 1963, C. S. Lewis foi chamado à eternidade. O grande escritor apenas sonhava com o céu, e escrevia em suas obras imaginativas – como “O grande abismo”. Mas naquele dia foi a sua vez de conhecer as coisas in loco.

O impacto de Lewis sobre o meu modo de ver as coisas foi (e continua sendo) grande. Poucos autores conseguiram unir verdade e beleza como o Irlandês. Das Crônicas de Narnia, passei a acompanhar outras de suas obras, e ainda sigo em uma leitura que, espero, não acabe nunca – nem que eu precise reler cada obra.

Infelizmente Lewis não partilhava dos pressupostos reformados, e isso atrapalhou a sua compreensão de alguns pontos – especialmente do problema do mal (cf. suas obras “o problema do sofrimento”, e “anatomia de uma dor”). Mas ainda assim, superou em muito alguns reformados em sua maneira de fazer apologética através de contos (cf. “Cartas de um diabo a seu aprendiz”), além de análises perspicazes (cf. “A abolição do homem”), e sermões brilhantes (cf. “o peso de glória”).

Ler C. S. Lewis é ser convidado a entrar em um universo preenchido pela imaginação, beleza, e verdade. É caminhar por um texto profundamente cativante, e desejar não sair dali. É sentar para ouvir um sábio contar, tão bem, algumas histórias que ficarão gravadas em nosso coração. É aprender que cristianismo e erudição são companheiros. E, finalmente, é ser desafiado a aprender bastante para fazer o mesmo em nossa cultura.

Deus seja louvado pela vida de C. S. Lewis. Que mais homens como ele surjam em nosso meio.

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