Que os teu lábios
confessem a verdade
e o teu coração,
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Jeremias lamentando a destruição de Jerusalém, Rembrandt |
sem fazer alarde,
Esconda do amor a falta,
e da humildade ausência,
Eu sinto.
Pois quando a ira assalta
tua consciência,
e o orgulho mata
toda a inocência,
Os sinais da piedade vão
Aos poucos se esvaindo,
E eu sinto.
Que não haja voz
a promover descanso
ao coração atroz
em oposição ao manso
E o espírito cresça
rumo à divisão,
Eu sinto.
O alcance de tal obstinação
será medido em dores
a afligir a canção
que entoam os sofredores
Pois todos perdem,
Todos morrem,
E eu sinto.
Posted in: a Caneta
Ivonete Silva
dezembro 30, 2010
Que lindo, meu poeta.