Simonton e a juventude

Posted on maio 11, 2012

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Ashbel Green Simonton escreveu em seu diário, no dia 20 de janeiro de 1855:

Hoje é meu aniversário. Faço 22 anos […] É hora de fazer reflexões morais sobre o meu aniversário. Bem, para ser honesto, devo preocupar-me em chegar aos 22 anos estar vivendo com tão poucos propósitos.


Simonton é um nome marcante na história do presbiterianismo no Brasil, mas o que me deixa pensativo nesta declaração de seu diário é o grau de autoconsciência moral. Em outros momentos, a sua percepção espiritual também se revela aguçada.

Pergunto: qual a diferença entre um jovem de 22 anos em 1855, e um da mesma idade hoje? Sem desconsiderarmos elementos importantes, como a criação de Simonton, o contexto cultural e a força da moral judaico-cristã naquele período, e sem negar que havia jovens sem nenhuma preocupação moral naquele período também – o que demonstra que nenhuma época é perfeita, mas cheia de desafios e oportunidades – ainda fico intrigado com a grande diferença entre tal mentalidade e a comumente encontrada hoje. Mesmo entre os criados em lar cristão parece haver uma apatia e falta de propósito sem nenhum embaraço. Nossos jovens de 22 anos não sabem o que querem, não têm propósitos, e não ligam para isso.

Mas você pode ser a exceção. E eu oro para que Deus levante tantas exceções que o status quo de uma juventude desorientada seja seriamente questionado por homens e mulheres de seus vinte e poucos anos focados em glorificar a Deus em tudo.

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Posted in: a Caneta, o Jornal