Lembro-me claramente da maneira pela qual vim a compreender as doutrinas da graça em um só instante. Como todos os homens, por natureza, eu nasci arminiano, e continuava acreditando nas coisas antigas que havia ouvido continuamente do púlpito, e não era capaz de ver a graça de Deus.(…) Posso me lembrar exatamente do dia e da hora em que, pela primeira vez, recebi essas verdades em minha alma – quando elas foram, de acordo com o que disse João Bunyan, impressas em meu coração como que com um ferro em brasa, e posso lembrar-me que senti como se tivesse me transformado, subitamente, de um bebê em um homem. Eu havia progredido no conhecimento das Escrituras, tendo encontrado, de uma vez por todas, a chave para a verdade de Deus. Uma noite, durante a semana, eu estava sentado na casa de Deus e não pensava muito no sermão do pastor, pois não acreditava nele. Subitamente, um pensamento atingiu-me: “Como você se tornou cristão?” Eu busquei o Senhor. “Mas como você começou a buscar o Senhor?”. A verdade brilhou em minha mente num instante – eu não O teria buscado a menos que houvesse uma influência prévia em minha mente que me fizesse buscá-lO (…).
Adiante(ibid., p.7) ele diz:
(…)Eu creio na doutrina da eleição porque estou certo que, se Deus não me tivesse eleito, eu jamais O teria escolhido; e estou seguro de que Ele me elegeu antes que eu tivesse nascido, caso contrário Ele nunca teria me escolhido depois. E Ele deve ter me escolhido por razões desconhecidas para mim, pois eu nunca fui capaz de encontrar qualquer razão em mim mesmo para que Ele dedicasse um amor especial a mim. Assim sendo, sou obrigado a aceitar essa grande doutrina bíblica.
Concluindo a série de posts:
Eu ainda teria muito a dizer, mas vou deixar para outra oportunidade. Por enquanto, fica a certeza de que os presbiterianos não têm direitos autorais sobre a predestinação e o calvinismo. Isso também pode ser coisa de batista…
Verdades chamadas calvinistas: uma defesa – Charles Spurgeon, PES.
Posted on outubro 30, 2008
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